A China é um show de produtividade, em tudo. Sustentabilidade ainda não, mas fazer coisas baratas em escala. Um dragão poderoso. Mas nós importamos alho da China, o alho branco, chinês. O roxo nacional, importamos feijão preto, sim, quem diria, da China. Chega aqui mais barato do que o nosso.
E importamos arroz aromático da Índia, limão, banana, maçãs, cacau, borracha. Quero externar uma grave preocupação com o nosso agronegócio. Temos, sim, uma competência no dentro da porteira, nos produtores rurais brasileiros, na pesquisa da Embrapa, do IAC, os pesquisadores e educadores do agro do país mas, o agribusiness seria fácil se fosse só agropecuária. Infelizmente, agronegócio nao é só agropecuária, é estrada, imposto, desperdício, acordos de tarifas, câmbio, planejamento de longo prazo, organização produtiva da sociedade desde a ciência até o consumidor final.
E, nesse quesito, quero acender um farol. Se vamos continuar com a nossa incompetência estrutural, com um governo que instala entre si o inimigo público número 1 e não tem na competição externa e nos competidores internacionais o seu principal alvo para sobrevivência. Temos nisso um risco.
Podemos, sim, importar cada vez mais hortaliças, frutas, especiarias, lácteos, vinhos, azeites, feijão preto, arroz, e muitos produtos alimentícios, pela simples razão de não sermos competitivos em tudo o que cerca as fazendas do Brasil.
O yuan, a moeda mais barata chinesa, pode sim não apenas resultar em produtos manufaturados mais baratos e competitivos, como também produtos agropecuários.
O sucesso no dentro da porteira do Brasil, não segura nem irá suportar uma incompetência e falta de produtividade e política do lado de fora dessas porteiras. O tempo o Deus Cronos, é inimigo.