A lei Florestal é uma peça perfeita, do ponto de vista ambiental. Mas impraticável sob o ângulo social e economico. A sociedade não irá pagar a conta dos passivos, até a data. Bilhões ja foram investidos no Rio Tiete e ele continua longe de ter qualquer chance de ser ” civilizado “; e no proximo verão pessoas continuarão morrendo nos bueiros entupidos de São Paulo. Imaginem pagar ” app’s ” para algo em torno de 50 milhões de hectares ( cálculos sem precisão até hoje ), envolvendo 93% de micros e pequenos proprietários rurais, com renda inferior a 10 salarios minimos mes ? Porém, essa é apenas uma das peças da nova sociedade globalizada e interconectada que vivemos hoje. A culpa é dos sensores, cada vez mais sofisticados, ficamos sabendo de coisas que não sabíamos antes. E, consequentemente, vamos mexendo ávida e velozmente em tudo. Isso é ótimo, porém uma pergunta não quer calar : ” quem paga a conta ? ” Segmentos de interesses adoram tudo, desde que as despesas e o ônus fiquem por conta do outro segmento da sociedade. Isso é a razão dos debates do novo código florestal, e segue pela rastreabilidade, e pela enxurrada de novas métricas que cada agente do final da cadeia do agribusiness resolve estabelecer como o seu ” critério ” de padrão da saudabilidade alimentar. Fim do mundo ? não, apenas o começo do novo mundo. A solução ? Cair na real. Doravante não adianta, o segredo será como iremos dividir o desconforto, e não viver a utopia da possibilidade de ilhas de zona de conforto de uma elite contra a outra, ou de um segmento social mais ” esperto ” do que o outro. Isso nao resiste mais à realidade das redes virtuais instantâneas. Irá durar cada vez menos. Sustentabilidade implica doravante em equilibrio e a possibilidade do melhor possivel : for all. Para todos: será a consistencia da mudança permanente. JOSE LUIZ TEJON MEGIDO
Vice Presidente de Comunicação do CCAS