Durante a atividade de colheita do tabaco, o uso das mãos é fundamental. Os trabalhadores sabem da necessidade de proteger todo o corpo com a utilização das vestimentas de colheita, mas se esquecem muitas vezes da proteção adequada das mãos. Mãos calejadas e feridas não indicam que sejam de um trabalhador, mas sim que essas mãos não foram devidamente protegidas.
Embora as empresas fumageiras recomendem enfaticamente que não se colha fumo molhado, isso muitas vezes acaba acontecendo. Em razão disso, é preciso selecionar as luvas para serem usadas na colheita de tabaco seco e outras luvas, diferentes, para a colheita de tabaco molhado.
As chamadas “luvas de pano”, de uso comum no sul do país, somente poderão ser utilizadas com o tabaco seco e com as mãos também secas.
Se o tabaco estiver molhado por orvalho ou chuva, esse tipo de luva ficará encharcado por água contendo nicotina, podendo levar à uma intoxicação do trabalhador por esse alcaloide. Nesse caso as luvas indicadas serão as de nitrila, um pouco mais caras e menos confortáveis que as luvas de pano tricotadas, porém mais seguras.
Mesmo durante a colheita do tabaco seco, é interessante substituir as “luvas de pano” por outras mais seguras e confortáveis, tais como as do tipo Hy Flex, da Ansell, ou equivalentes de outros fabricantes. Essas luvas são duráveis e possuem uma “pega” muito boa, o que faz com que aumente o rendimento na colheita.
É preciso deixar claro que em todas as operações que envolvam a lida com o tabaco, desde a colheita no campo até a fase de secagem, as mãos necessariamente deverão estar protegidas, não só para que se evite a absorção da nicotina através da pele, mas também para se evitar ferimentos, o escurecimento da pele e a formação de calosidades.
Após o dia de trabalho, as luvas de qualquer modelo deverão ser lavadas com água e sabão, e deixadas para secar à sombra.