O consumidor de hoje não é o mesmo de 20 anos atrás. Ele quer saber de tudo: não importa de qual marca seja, isso não é mais a única referência. Ele pesquisa tudo: procedência, modo de produção, qualidade, tratamento aos colaboradores, sustentabilidade, etc. Ao mesmo tempo, o consumidor atual quer mais saúde e, dentro do universo da alimentação, procura por alimentos mais saudáveis. Afinal, o que são alimentos saudáveis? Existe alimento bom ou ruim?
A busca por alimentos “sem” ou “livre de” é uma tendência, mas baseada em quê? Falta respaldo científico, entretanto se propaga pelos consumidores como sendo negativos para a saúde, por exemplo, glúten, lactose, transgênicos, gordura trans e os convencionais.
O Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) desenvolveu uma plataforma de inovação tecnológica com o website www.alimentosprocessados.com.br, para esclarecer a importância e os benefícios dos alimentos e bebidas industrializados.
Além dessa plataforma, o Instituto tem realizado pesquisas sobre outros produtos que podem levar os consumidores a pagarem mais caro, por terem a expectativa de obter benefícios cientificamente não comprovados.
Particularmente, em relação aos produtos orgânicos existe a crença, por parte dos consumidores, de que são produtos mais saborosos, com maior valor nutricional, maior concentração de vitaminas, aumento da imunidade, etc. Porém, os estudos avaliados pelo ITAL relatam que do ponto de vista sensorial e nutricional não há evidência científica para afirmar que os alimentos orgânicos são superiores aos convencionais.
Conclusão: a alegação de que os alimentos orgânicos são mais nutritivos e saborosos é fundamentada em trabalhos específicos selecionados com resultados favoráveis e com várias omissões. É importante considerar que, desde que sejam empregadas boas práticas de produção, tanto alimentos convencionais quanto orgânicos são seguros, de qualidade e saborosos, podendo ser consumidor sem qualquer receio.