Agronegócio nos momentos pré-eleitorais cai na graça dos presidenciáveis
Aécio prometeu criar, se eleito, um superministério do agronegócio para coordenar todos os fatores do antes, dentro, pós-porteira das fazendas e indo até o além das porteiras. O que estaria corretíssimo.
Dilma afirma que irá manter o apoio à reforma agrária, demarcação de terras indígenas, mas ser contra invasões e ações em áreas de minifúndios e médios proprietários que estão, há décadas, plantando e criando nessas terras.
E Marina, até pouco, a rainha do Avatar, inimiga do diabo do agronegócio, agora reformula seu texto e contexto e diz ser a favor do agronegócio com sustentabilidade, e que a maioria dos produtores são corretos, apenas uma minoria não se enquadra.
O ponto concreto está que, assuma quem assumir, em 2015 a sua dependência econômica estará a curto prazo totalmente dependente da safra a ser colhida a partir de março do novo ano. E, além da consciência da dependência econômica e social que o Brasil tem efetivamente com o setor do agronegócio, os candidatos também sabem, nas pesquisas, que o cidadão urbano, o rei do voto, já percebe hoje o agronegócio não mais como o reino dos barões, caudilhos e coronéis do passado e o associa com tecnologia, empregos, alimentos e combate à inflação.
Além de um novo interior brasileiro com qualidade de vida, o que falta, sim, colocar com ênfase decidida nos planos do governo está no cooperativismo. As cooperativas representam de fato e de direito a única opção para sustentar um discurso que apoie tanto grandes produtores quanto micros, pequenos e médios, além dos novos empreendedores que virão para o negócio do agro.
Logo, como o agro ficou conhecido e reconhecido, o discurso dos candidatos pela primeira vez no país, a nível popular, passa a considerar o setor com respeito.