Estou cansado da lenga-lenga, do pega-pega político e da conversa morta do “Quem será o próximo presidente da república?”. Claro que isso faz parte, mas não resolve. O agronegócio padece de integração sistêmica.
Como um dia disse o cantor Geraldo Vandré: “Quem sabe faz a hora… Não espera acontecer”, o que precisamos fazer já e com quais instituições?
O agronegócio/agribusiness, criado em na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, é e sempre foi muito mais do que negócios agropecuários. Trata-se de uma visão de administração de cadeias produtivas e a constatação de que elos isolados nada fazem, pois o setor arrebenta no seu elo mais fraco, igual a uma corrente.
Então, o agronegócio representa uma organização de gestão de precisão dos setores envolvidos, na qual a cidade, a ciência, educação, indústria, agroindústria, logística, comunicação, comércio e serviços são vitais e fundamentais, respeitando a originação e os produtores rurais. Porém, cidade e campo formam uma coisa só.
O que o Brasil precisa para crescer, pagar contas e gerar trabalho, riquezas e felicidade? Precisa focar no seu ponto forte e vender isso para o mundo; competir para valer com outras organizações e suas cadeias produtivas. Vejam o show da produção de leite na Nova Zelândia, por exemplo.
Portanto, precisamos além dos poderes Judiciário, Legislativo e Executivo (esmaecidos e debilitados); necessitamos do poder da sociedade civil organizada empreendedora e cooperada, para projetos de negócios em alto nível no Brasil.
Temos dez mega confederações empresariais no Brasil e precisamos cobrar delas o projeto privado, público e cooperado para o crescimento do país. Não mais do que 1000 pessoas que formam o ministério, o Executivo e o Legislativo nacional nos seus bunkers da capital federal.
Não há chance de sucesso fora da orquestração e integração de todas as confederações reunidas. Brasília que siga a sociedade, e não ao contrário.
O Brasil tem como diferencial estratégico, notório, evidente e conquistado a inteligência e as realidades das cadeias produtivas do agronegócio. Podemos vender três vezes mais para o mundo, incluindo agregação de valor.
Temos muito a ser feito na ciência, educação, logística, administração, agroindústria, comércio e serviços, e isso carece da reunião e da integração das dez confederações nacionais empresariais para o projeto.
As Confederações estão convocadas e seus presidentes são apenas dez, mas com todo o PIB na mão, aparecem a agricultura e pecuária, comércio, cooperativas, indústria, transporte, sistema financeiro, comunicação social, serviços, saúde, turismo… tudo tem a ver com o agronegócio.