É comovente, fascinante e extraordinário ver a luta de algumas pessoas para fazer de fato o que as campanhas políticas promovem e defendem, como crescimento do país, inovação, educação, empreendedorismo e emprego.
Mas, quem faz isso é o espírito empreendedor dos brasileiros. Vejam só a luta da microprodutora Satiko Kitamura, que enfrentou uma batalha de mais de 6 anos para criar a sede e uma base de produção de uma cooperativa de agricultores familiares da cidade de Juquitiba, na BR-116 , a caminho de São Paulo para Registro.
Satiko não desanimou. Com um grupo de microprodutores, ela lidera uma organização cooperativista para dar viabilidade econômica, financeira e ampliar o crescimento de agricultores, além de dar utilidade a um monte de sítios que nada produzem.
A Coopjuqui tem cadeias produtivas como o shitake, o shimeji e as hortas orgânicas que já fornecem para a rede pública. Estão trabalhando com mel e ganharam uma casa do mel em retribuição ao plano de coleta de água na região.
Cultivam amora-preta, rãs e, por meio dos incentivos do plano de microbacias, duas pessoas do Governo do Estado, o secretário Arnaldo Jardim e o atual Francisco Jardim conseguiram recursos para a montagem de uma fungicultura com uma instalação sofisticada que produz o composto.
São mais de 100 cooperados e deverá crescer substancialmente. Faço do trabalho da microprodutora Dona Satiko o destaque deste artigo, pois ouvi de sua boca a resposta, perante tantos obstáculos que precisou enfrentar para chegar até o ponto que chegou, principalmente em batalhas burocráticas, e políticas.
Ao ser questionada por qual motivo não desistiu, ela respondeu:
“Porque atrás de mim havia muita gente que não podia ser abandonada”.
O Brasil que coopera, supera. Não podemos ter mais o governo no centro. Ao contrário: a sociedade produtora é que deve ser o centro das atenções.