O Brasil, mesmo com todos os seus dramas, segue impondo respeito no agronegócio.
Olhamos o Brasil de uma maneira diferente do lado de fora do que quando estamos do lado de dentro.
Os jornais franceses estamparam na última semana a criação de uma polícia especializada na antifraude fiscal; falaram da Índia criando um arsenal protecionista e abordaram três tendências de FoodTech, tecnologia dos alimentos para 2018.
A primeira é controlar a distribuição de seus produtos, a segunda tendência é o setor agroalimentar cada vez mais ecológico e a terceira, o desenvolvimento de novas proteínas vegetais a base de ervilhas.
Enquanto isso, a Thomson Reuters (maior agência internacional de notícias e multimídia do mundo) proclama que o Brasil irá eclipsar os Estados Unidos na exportação de milho em cinco anos, e que os norte-americanos estão com suas estruturas envelhecidas. Quem diria...
Movimentos de tropas podem ser vistas por aqui (estou na Europa) pela questão de segurança, assim como no Rio de Janeiro os tanques e soldados estão chegando.
Em conversa com o embaixador brasileiro aqui na França, Paulo Cesar Campos de Oliveira, ele afirmava que podemos ter um ótimo momento para uma aproximação do mundo latino.
Itália, França, Espanha, Portugal, Brasil e toda América Latina numa conjunção de busca de pontos em comum e de negócios.
A formação cultural, educacional e acadêmica nos aproxima em afinidades que serão muito úteis nos próximos cinco anos. Há um mercado da latinidade imenso e grande que pode acordar para alianças através, não mais de blocos geográficos, mas sim de blocos culturais e de linguagem.
Um mercado comum latino. É essa visão do Embaixador brasileiro na França. Se reunirmos o PIB desses países todos, sim, sem dúvida falaremos de um dos maiores conglomerados do planeta, o PIB latino, e nele o agronegócio, que vai desde o poder da escala de produção do Brasil até a sofisticação da melhor gastronomia e alimento artesanal do planeta.
É fato, o Brasil tem problema. Mas, me pergunto, onde não há?