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As padarias são uma verdadeira paixão nacional. O brasileiro não vive sem a sua padaria do coração. Mas elas também andam em depressão. Parece que o clima geral da crise afeta até o pão nosso de cada dia.
A ABIP - Associação Brasileira da Indústria da Panificação informa que o ramo, como um todo, perdeu cerca de 10% de faturamento neste primeiro semestre e estão temerosos com o que há por vir no segundo tempo do ano, com algumas padarias tendo quedas superiores a 30% no seu movimento.
Os dramas maiores desses nossos padeiros, que significam mais de 65 mil padarias no país, com um faturamento no ano passado de R$ 81 bilhões, empregando diretamente quase um milhão de pessoas, e sendo em 97% uma pequena empresa familiar, está em três grandes despesas: folha de pagamento, matéria-prima - debulhar o trigo, como cantam Chico Buarque de Holanda e Milton Nascimento e energia elétrica. Essa mesma que foi alvo de fanfarronices incompetentes no período de eleições do ano passado, com promessas mirabolantes de queda do seu custo. Na verdade, inflou mais do que qualquer fermento poderia provocar.
Pelas padarias brasileiras circulam diariamente mais de 40 milhões de brasileiros todos os dias. E a coisa só não desandou de vez por que o trigo está abundante no mundo e no Brasil. Não fosse isso, com o dólar subindo e nossa dependência de importação do trigo, o pão nosso de cada dia e nossos padeiros teriam que definitivamente passar a saudar a mandioca.
Um ótimo café da manhã para todos, nas nossas deliciosas padarias nacionais.
