Por que os preços dos alimentos sobem, se vamos ter safra recorde no Brasil: Porque a safra recorde está assentada nos grãos, soja e milho. E devemos agradecer, pois se assim não fosse, além de preços explodirem mais ainda, não teríamos os efeitos positivos da entrada de receita com as exportações. Teríamos preços elevadíssimos nas carnes, nos óleos, pois quando comemos um frango, um suíno, estamos comendo 70% de soja e milho embutidos.
Estamos tendo problemas climáticos nas lavouras de inverno do Brasil, como no trigo, com perdas no Sul. No plantio do arroz, se as chuvas não diminuírem será necessário replantio. Nas notícias que surgem nas cidades, geralmente falamos do tomate, da cebola, da batata, dos hortifrúti, e essas culturas , incluindo a mandioca, por exemplo, somam mais cerca de 40 milhões de toneladas. Mas são muito diversificadas com centenas de itens e subítens, como tomates de diversos tamanhos e preços, por exemplo.
Essas lavouras quando prejudicadas pelo clima, imediatamente, apontam os impactos nos preços, nas cidades. Mas, atenção, quando elas vão bem, seus frutos extraordinários estão a ótimos preços, e nem percebemos. Nem ligamos. Precisamos prestar atenção na dança das hortaliças e das frutas.
Por isso vale pesquisar sempre as informações dos Ceasas. Vale salientar que os custos dos alimentos vão crescer em função dos custos fora das porteiras das fazendas e granjas. O transporte, energia elétrica, combustível, mão de obra, impostos, dólar disparando custos de insumos e margens comerciais. Ou seja, tem muito mais custo no alimento do lado de fora das porteiras dos produtores que impactam nossos bolsos, do que do lado de dentro das propriedades rurais. Além da ausência de planificação detalhada, lavoura a lavoura.
Quem não tem sabedoria e estratégias, sofre nas mãos da rainha incerteza e do rei acaso. Os tenebrosos malvados do universo.