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Um panorama mundial da produção de grãos


Um panorama mundial da produção de grãos

Em 2014, os dados mais recentes da FAO, relatório de 11 de dezembro, apontam para um recorde histórico com mais de 2 bilhões e 500 milhões de toneladas de grãos no mundo. São cereais, superando as estimativas, e promovendo uma oferta superior à demanda, oferecendo um percentual elevado de superávit, em torno de 25%, entre oferta versus demanda.

Isto termina por ser o reflexo do aumento dos preços dos cereais nos últimos anos, com a consequente ampliação da produção, e uso de tecnologia, o que se reverte em crescimento da produtividade de cada lavoura. Estamos tendo condições favoráveis ampliadas na Europa para as lavouras, uma previsão de colheita recorde de milho nos Estados Unidos, e com mais arroz, também, no mundo, um cereal fundamental na alimentação da grande massa humana planetária.

Mas os estudos da FAO nos alertam também para os aspectos da insegurança alimentar.  E as causas das regiões onde cresce o risco de problemas de escassez de alimentos, os fatores principais determinantes são: conflitos civis, adversidades climáticas, e, enfermidades, como o vírus ebola.  O local onde estão concentrados os grandes riscos alimentares do mundo é a África, com 29 países sob riscos, perante um total de 38 países nessa condição no mundo.

Nos países afetados pelo ebola, os preços do arroz dispararam. Na Síria, sob guerra civil, há uma estimativa da existência de 6,8 milhões de pessoas, refugiados de países vizinhos, em risco de insegurança alimentar. O abandono das terras provocará uma diminuição substancial das colheitas, na área. No Iraque o panorama, da mesma forma, é tétrico sob o ponto de vista da comida, devido ao conflito civil. São mais 2,8 milhões de pessoas refugiadas.

Por aqui, no Brasil, seguimos com uma perspectiva de safras na faixa de 194 a 199 milhões de toneladas de cereais, dependendo do clima, de pragas e doenças e da safrinha de milho.

Tétrico mesmo, no agronegócio brasileiro, está a questão do setor de cana de açúcar, onde a orientação a ser seguida pelo próximo governo irá pontuar o nível da sua sobrevivência ou decadência. A volta da CIDE para a gasolina, e a ampliação da mistura de etanol na gasolina são as duas decisões mais emergenciais, ao lado de alongamentos de dívidas das usinas, que num total, devem mais do que toda a receita prevista para o setor, ao longo de um ano. E com o petróleo a US$ 60 o barril, e nossa gasolina hoje acima dos preços internacionais, fica aí a sinuca: como aumentar o preço da gasolina sob uma realidade de diminuição dos preços?

Sem dúvida, 2015 será um ano para superação.


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Referências

www.agricultura.gov.br
Ministério da Agricultura - Portal da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento

www.embrapa.gov.br
Embrapa - Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária

www.ital.sp.gov.br
Instituto de Tecnologia de Alimentos

www.alimentosprocessados.com.br
Alimentos Processados

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