O estudo dos autores analisou o quadro clínico de 1.000 agricultores da Serra da Ibiapaba, no noroeste do estado do Ceará, região rica em plantações de diversas frutas e hortaliças, e assim obteve dados sobre o perfil epidemiológico dos agricultores da região, os agrotóxicos mais utilizados, uso de equipamentos de proteção individual, comorbidades mais prevalentes. Homens e mulheres com exposição prolongada e contato direto a agrotóxicos foram avaliados por meio de avaliação clínica. O estudo avaliou a condição epidemiológica, pressão arterial, peso, altura e cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), além da aplicação do Teste de Identificação de Transtornos por Uso e Álcool (Uso de Álcool). Entre os principais resultados, vale destacar que 17% dos entrevistados relataram utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPI) durante o trabalho de contato com agrotóxicos. Dentre os agrotóxicos mais utilizados e relacionados ao grau de toxicidade, 25% altamente tóxico e 41% moderadamente tóxico. Quanto ao uso de álcool e peso, verificou-se que 33% dos agricultores fazem uso indevido do mesmo. Como resultado, nenhuma tendência de morbidade relacionada à exposição prolongada e contato direto com agrotóxicos foi identificada através das análises realizadas, porém, foi atestado o uso equivocado de EPI pela maioria dos entrevistados.
Confira a pesquisa na íntegra clicando aqui.