O livro "Propostas para o Brasil 2023-2026 - Agronegócio" é uma produção da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) com contribuição da Embrapa Territorial.
A obra reúne textos com propostas setoriais para o agronegócio com objetivo de contribuir com o aumento da produtividade, sustentabilidade e inovação deste importante segmento da economia. O conteúdo foi dividido em quatro eixos temáticos: bioenergia, redução das emissões da agropecuária, segurança alimentar e agronegócio 4.0.
Gustavo Spadotti, membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e chefe-geral da Embrapa Territorial, em conjunto com o supervisor da área de gestão territorial estratégica, Rafael Mingoti, assinam o capítulo que trata sobre a produção nacional de fertilizantes, alinhado ao eixo da segurança alimentar.
"É um olhar de cientistas, da academia, e principalmente do setor privado. Hoje o Brasil é extremamente dependente na aquisição de fertilizantes, mas temos potencial para reduzir muito essa situação".
O conselheiro conta que a aquisição de cada nutriente hoje depende de algumas nações ou conjunto de nações que dominam o comércio exterior desses fertilizantes, mas que com o apoio da indústria nacional e principalmente com metas a serem executadas ao longo dos próximos anos a mudança é possível. "Precisamos mais é de investimento, de tecnologia, de viabilidade ambiental e principalmente de celeridade nas licenças ambientais para a exploração desses nutrientes", reforça.
A pandemia e a Guerra da Ucrânia colocaram holofotes na questão de dependência do Brasil na importação de fertilizantes. Spadotti entende que essa pauta é estratégica para o país. "As propostas apresentadas no capítulo foram construídas a partir do diagnóstico trabalhado em diálogos com o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert) e com especialistas do Ministério da Infraestrutura. Essa publicação vai possibilitar um posicionamento estratégico governamental com vistas à meta de produzir 50% dos fertilizantes em território nacional", finaliza o conselheiro.