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O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo. Agora estamos para dar um salto sensacional, um marco histórico no agronegócio do café. Você gosta do café das cápsulas, das máquinas expresso? No Brasil já consumimos 300 milhões de cápsulas de café, ou seja, uma cápsula e meia por habitante. Nessas cápsulas têm 65% de café brasileiro. Mas olha só, são importadas. Então mandamos café para o exterior, lá ele é processado e aí compramos de volta.
Sabe qual a diferença em valor? Quinze vezes mais caro, ou seja, presta atenção. Para cada saca de café que compramos na volta, na forma das cápsulas, precisamos vender 15 sacas do café verde. Acreditam? Quinze para uma.
Mas a coisa vai mudar. Estive com Maurício Miareli nos 30 anos da Cocapec, Cooperativa dos Cafeicultores de Franca e Região, e vai sair um projeto de industrialização do café com a Nestlé. Essa indústria vai produzir em 10 anos dois bilhões e meio de cápsulas, e se compromete a usar 80% de café brasileiro.
Para fazer as cápsulas será necessário importar apenas 20 mil sacas de café, lembrando que produzimos cerca de 50 milhões de sacas. Esse café servirá para fazer o blend, ou seja, não justifica a gritaria de parte do setor, contra essa ideia. Tenho certeza de que não entenderam a dimensão da coisa.
Esse projeto configura um marco histórico significativo no agronegócio do café brasileiro, o país vai exportar café de valor agregado, ao invés de mandar seu café verde ao exterior e depois trazer de volta, pagando 15 vezes mais.
Esse é um gol, dessas lideranças da cafeicultura brasileira que vai ao futuro.
