O médico, neurocientista franco-canadense Dr. David Servan – Schreiber, que resistiu por décadas ao câncer no cérebro, confirmou e subscreveu as suas teses no que diz respeito ao benefício da nutrição e atividade psíquica na prevenção e acompanhamento dos tratamentos convencionais de câncer. Em seu livro “Anticâncer”, publicado em 2007 e traduzido para 40 línguas, relata que "frutas vermelhas como o morango, framboesa, mirtilo, amora e airela contém ácido elágico (abundantes em morango e framboesa) e múltiplos polifenois. Eles estimulam os mecanismos de eliminação dos cancerígenos e inibem a angiogênese (formação de vasos sanguíneos capilares). As antiocianinas e proantocianidinas que facilitam também a apoptose (suicídio celular) das células cancerosas. E cita ainda que o consumo destas frutas mesmo congeladas, estas, conservam as moléculas anticâncer”.
É recomendado, por órgãos responsáveis da área alimentar e nutricional, a ingestão de 400 gramas de frutas e hortaliças por dia, podendo ser divididas em até 5 porções diárias- uma porção refere-se ao consumo de 10 moranguinhos. Apesar dessa recomendação e da disponibilidade do morango no mercado, o consumo do morango ainda é temido no Brasil. Isso se dá devido a algumas notícias que o denigrem, assim como outras hortaliças e frutas, quanto à possibilidade de contaminação biológica (cepas de bactérias patogênicas) ou química (resíduos químicos tóxicos) ao ser humano que o consome.
Esses medos são gerados muitas vezes pela falta de esclarecimento ao consumidor. A maioria da produção de morangos nacional é proveniente dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal por agricultores altamente treinados por instituições de pesquisas e extensão dos estados em sistemas de produção seguros como, por exemplo, a Produção Integrada de Morango-PIMO, cujo modo de produzir garante a qualidade do produto, contribui para o desenvolvimento humano, considerando: segurança do trabalhador, legislação trabalhista, qualidade de vida dos produtores/comunidades e a conservação do meio ambiente. A PIMO alcançou recentemente esse sucesso e pode ser certificado por empresas técnicas credenciadas pelo INMETRO.
Nesse processo de elaboração, à luz da ciência, atestam-se as normas previamente elaboradas com o produtor para o cultivo seguro do morango. Esse trabalho técnico de fomento a produção de alimentos seguros e certificados conta com a participação ativa das universidades brasileiras, empresas de pesquisa dos Estados/unidades, da Embrapa e é custeado e coordenado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento em parceria com o CNPq desde 2001.