Os temas que assolam o agronegócio deixam suas lideranças ocupadas, vociferantes e repetitivas.
São os mesmos temas que se repetem por anos, tomando num momento ou outro uma dimensão mais dramática e mais mediática. Aqui vão os quatro eternos e incomodantes temas do agronegócio que sempre se repetem:
Esses grandes temas vemos presentes e permanentes sob distintas formas de abordagem ao longo das últimas décadas. Então, está na hora de criarmos um conselho de autorregulamentação do agro nacional e comitê de ética, o CONAAE.
A partir desse conselho, não deverá se esperar mais por governo nem por elementos alienígenas, o próprio setor deve propor suas autorregulamentações, criar seu comitê de ética e ali oferecer para a sociedade as linhas perante a tecnologia, o que é preciso ser feito sobre os recursos genéticos do país, os químicos, os agrotóxicos e o uso.
Nesse conselho se definirá as boas práticas ambientais, e cabe em seu comitê de ética avaliar, julgar e punir agentes do agro que não estejam em consonância com a própria autorregulamentação.
Que os legisladores sigam esse conselho ao invés do setor ficar refém do governo e da própria legislação, onde o lobby e as bancadas acabam virando torcidas organizadas de apaixonados versus detratores.
O setor publicitário na década de 80 criou o CONAR, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, e para isso integrou representantes da mídia, dos anunciantes e das agências de propaganda.
O objetivo era esse mesmo, antecipar, antever e proteger o segmento de investidas externas desprovidas de conhecimentos sobre a comunicação e a livre iniciativa.
O agronegócio precisa, antes de ser julgado, antes de ser atacado e antes das suas próprias lideranças vociferarem a cada dia, a cada semana, de um conselho integrando os segmentos que o compõe, convocando órgãos de apoio como o capitalismo consciente, por exemplo, doutores em ética e governança.