O livro “Plantas que os polinizadores gostam”, produzido pela Embrapa, consolida um esforço de dezenas de professores e pesquisadores para apresentar informações práticas aos interessados em proteger polinizadores e o serviço ecossistêmico de polinização.
O livro conta com mais de mil páginas e oitocentas ilustrações, contendo textos sobre a polinização realizada por abelhas, também chamada de melitofilia; indicações de ações para conservação de abelhas; noções básicas de apicultura e Meliponicultura; uma lista de mais de 2.000 espécies de abelhas que existem no Brasil; uma lista com descrição detalhada de mais de 200 plantas que os polinizadores gostam; e uma matriz de cerca de 2.500 plantas e as abelhas que as visitam.
Os serviços ecossistêmicos são aqueles providos pela natureza e que fazem parte do ciclo da vida na Terra. A agricultura não existiria, como a conhecemos, na ausência dos serviços ecossistêmicos. Portanto, os maiores interessados em preservá-los e protegê-los são os agricultores e pecuaristas.
São exemplos a purificação da água e do ar, a regulação do clima, a formação dos solos, a ciclagem de nutrientes e a decomposição de produtos exógenos à natureza, como o lixo. Animais, como as abelhas e outros insetos, pássaros e morcegos, polinizam as plantas. Essas, por sua vez, sequestram carbono da atmosfera, fixando-o em seu caule ou suas raízes, auxiliando na mitigação das mudanças climáticas.
As raízes das plantas auxiliam na agregação e na aeração do solo e, quando morrem, transformam-se em matéria orgânica que fertiliza o solo e retém água e nutrientes em seu perfil. Bactérias fixam o nitrogênio do ar, transferindo-o para plantas leguminosas, eliminando a adubação nitrogenada.
Em seu conjunto, a biodiversidade é a síntese do intrincado complexo da vida na Terra, com suas múltiplas interações, provendo os serviços ecossistêmicos e deles se beneficiando. E biodiversidade tem tudo a ver com a agricultura, razão pela qual nossos produtores têm todo o interesse em protegê-la.
A polinização melitófila é um serviço ecossistêmico essencial para a reprodução de muitas plantas cultivadas ou silvestres. Cerca de 75% das plantas que possuem flores necessitam de polinização para completar o seu ciclo. É por meio da polinização que ocorre a reprodução das plantas, redundando em sementes.
Sem um serviço ecossistêmico de polinização, provido por polinizadores, os agricultores teriam uma produtividade menor, com maiores custos para produzir cada unidade de produto. Os consumidores pagariam mais caro pelos produtos agrícolas. E as formações naturais de vegetação nativa teriam uma diversidade menor e maior dificuldade para manter a densidade populacional de plantas e animais.
Estima-se que o valor financeiro da polinização, em termos globais, ultrapasse US$ 600 bilhões anuais. Em 2015, a equipe da professora Tereza Cristina Giannini (USP) analisou 141 cultivos agrícolas do Brasil, concluindo que 85 deles dependiam, em algum grau, de polinizadores, com 25 deles apresentando alta dependência. Os autores calcularam em 30% a contribuição dos polinizadores para a produção dos cultivos dependentes de polinização.
De acordo com os cálculos da equipe da professora Giannini e, considerando a estimativa do valor bruto da produção agropecuária (MAP) de R$1,2 trilhão, em 2022, cerca de R$400 bilhões são devidos à polinização que já ocorre naturalmente.
É importante salientar que o aumento da produção, devida à polinização, significa que menor área é exigida para obter a mesma produção, reduzindo o impacto ambiental das atividades agrícolas.
O livro “Plantas que os polinizadores gostam” insere-se no marco maior de integração das atividades agropecuárias com propostas de cunho ambiental, conferindo sustentabilidade à agricultura. Suas informações e recomendações permitirão aprimorar a recomposição florística das propriedades, a revegetação de áreas de estradas e rodovias, a urbanização de parques, jardins e plantio de essências nas ruas urbanas ou em hortas, quintais e jardins urbanos ou no entorno das cidades, com a proteção aos polinizadores. Significa mais um avanço no reconhecimento da importância transcendental do serviço ecossistêmico de polinização no esforço global para a produção de alimentos e outros produtos agrícolas.
Nele constam indicações para recomposição de áreas de proteção permanente (APPs) e Reserva Legal (RL). Os agricultores podem usar as informações para arborizar áreas não cultivadas, beiradas de estradas e carreadores ou o jardim da casa da fazenda, com a vantagem de propiciarem um local para as abelhas nidificarem, se abrigarem e coletarem recursos, com pólen, néctar e outros.
O Brasil precisa demonstrar ao mundo os fundamentos da sustentabilidade de sua agricultura, como forma de ampliar os horizontes dos mercados que importam nossos produtos agrícolas. A sustentabilidade possui o condão de consolidar os mercados já existentes e criar perspectivas favoráveis para ampliação, atingindo novos mercados. Beneficiar polinizadores é um ícone da sustentabilidade.
O livro também será útil para urbanistas, prefeituras, governos estaduais e governo federal, na criação ou recomposição de parques, jardins, ruas, avenidas, acostamentos de estradas, criando um ambiente favorável aos polinizadores. Cidadãos também podem se valer das informações para arborizar seus jardins ou quintais e suas áreas de lazer, como chácaras e similares.
Se, nas condições atuais, o Brasil se beneficia, anualmente, com R$400 bilhões atribuídos à polinização natural, favorecendo os polinizadores com plantas que ofereçam abrigo e recursos para sua alimentação e reprodução, o benefício pode ser ainda maior se forem utilizados os ensinamentos contidos no livro. O que pode representar maior margem para os agricultores e menores preços para os consumidores. Também facilitará a aceitação e produtos brasileiros no exterior. E toda a sociedade será beneficiada com paisagens rurais e urbanas que favorecem a biodiversidade.
O livro “Plantas que os polinizadores gostam”, produzido pela Embrapa, consolida um esforço de dezenas de professores e pesquisadores para apresentar informações práticas aos interessados em proteger polinizadores e o serviço ecossistêmico de polinização.
O livro conta com mais de mil páginas e oitocentas ilustrações, contendo textos sobre a polinização realizada por abelhas, também chamada de melitofilia; indicações de ações para conservação de abelhas; noções básicas de apicultura e Meliponicultura; uma lista de mais de 2.000 espécies de abelhas que existem no Brasil; uma lista com descrição detalhada de mais de 200 plantas que os polinizadores gostam; e uma matriz de cerca de 2.500 plantas e as abelhas que as visitam.
Os serviços ecossistêmicos são aqueles providos pela natureza e que fazem parte do ciclo da vida na Terra. A agricultura não existiria, como a conhecemos, na ausência dos serviços ecossistêmicos. Portanto, os maiores interessados em preservá-los e protegê-los são os agricultores e pecuaristas.
São exemplos a purificação da água e do ar, a regulação do clima, a formação dos solos, a ciclagem de nutrientes e a decomposição de produtos exógenos à natureza, como o lixo. Animais, como as abelhas e outros insetos, pássaros e morcegos, polinizam as plantas. Essas, por sua vez, sequestram carbono da atmosfera, fixando-o em seu caule ou suas raízes, auxiliando na mitigação das mudanças climáticas.
As raízes das plantas auxiliam na agregação e na aeração do solo e, quando morrem, transformam-se em matéria orgânica que fertiliza o solo e retém água e nutrientes em seu perfil. Bactérias fixam o nitrogênio do ar, transferindo-o para plantas leguminosas, eliminando a adubação nitrogenada.
Em seu conjunto, a biodiversidade é a síntese do intrincado complexo da vida na Terra, com suas múltiplas interações, provendo os serviços ecossistêmicos e deles se beneficiando. E biodiversidade tem tudo a ver com a agricultura, razão pela qual nossos produtores têm todo o interesse em protegê-la.
A polinização melitófila é um serviço ecossistêmico essencial para a reprodução de muitas plantas cultivadas ou silvestres. Cerca de 75% das plantas que possuem flores necessitam de polinização para completar o seu ciclo. É por meio da polinização que ocorre a reprodução das plantas, redundando em sementes.
Sem um serviço ecossistêmico de polinização, provido por polinizadores, os agricultores teriam uma produtividade menor, com maiores custos para produzir cada unidade de produto. Os consumidores pagariam mais caro pelos produtos agrícolas. E as formações naturais de vegetação nativa teriam uma diversidade menor e maior dificuldade para manter a densidade populacional de plantas e animais.
Estima-se que o valor financeiro da polinização, em termos globais, ultrapasse US$ 600 bilhões anuais. Em 2015, a equipe da professora Tereza Cristina Giannini (USP) analisou 141 cultivos agrícolas do Brasil, concluindo que 85 deles dependiam, em algum grau, de polinizadores, com 25 deles apresentando alta dependência. Os autores calcularam em 30% a contribuição dos polinizadores para a produção dos cultivos dependentes de polinização.
De acordo com os cálculos da equipe da professora Giannini e, considerando a estimativa do valor bruto da produção agropecuária (MAP) de R$1,2 trilhão, em 2022, cerca de R$400 bilhões são devidos à polinização que já ocorre naturalmente.
É importante salientar que o aumento da produção, devida à polinização, significa que menor área é exigida para obter a mesma produção, reduzindo o impacto ambiental das atividades agrícolas.
O livro “Plantas que os polinizadores gostam” insere-se no marco maior de integração das atividades agropecuárias com propostas de cunho ambiental, conferindo sustentabilidade à agricultura. Suas informações e recomendações permitirão aprimorar a recomposição florística das propriedades, a revegetação de áreas de estradas e rodovias, a urbanização de parques, jardins e plantio de essências nas ruas urbanas ou em hortas, quintais e jardins urbanos ou no entorno das cidades, com a proteção aos polinizadores. Significa mais um avanço no reconhecimento da importância transcendental do serviço ecossistêmico de polinização no esforço global para a produção de alimentos e outros produtos agrícolas.
Nele constam indicações para recomposição de áreas de proteção permanente (APPs) e Reserva Legal (RL). Os agricultores podem usar as informações para arborizar áreas não cultivadas, beiradas de estradas e carreadores ou o jardim da casa da fazenda, com a vantagem de propiciarem um local para as abelhas nidificarem, se abrigarem e coletarem recursos, com pólen, néctar e outros.
O Brasil precisa demonstrar ao mundo os fundamentos da sustentabilidade de sua agricultura, como forma de ampliar os horizontes dos mercados que importam nossos produtos agrícolas. A sustentabilidade possui o condão de consolidar os mercados já existentes e criar perspectivas favoráveis para ampliação, atingindo novos mercados. Beneficiar polinizadores é um ícone da sustentabilidade.
O livro também será útil para urbanistas, prefeituras, governos estaduais e governo federal, na criação ou recomposição de parques, jardins, ruas, avenidas, acostamentos de estradas, criando um ambiente favorável aos polinizadores. Cidadãos também podem se valer das informações para arborizar seus jardins ou quintais e suas áreas de lazer, como chácaras e similares.
Se, nas condições atuais, o Brasil se beneficia, anualmente, com R$400 bilhões atribuídos à polinização natural, favorecendo os polinizadores com plantas que ofereçam abrigo e recursos para sua alimentação e reprodução, o benefício pode ser ainda maior se forem utilizados os ensinamentos contidos no livro. O que pode representar maior margem para os agricultores e menores preços para os consumidores. Também facilitará a aceitação e produtos brasileiros no exterior. E toda a sociedade será beneficiada com paisagens rurais e urbanas que favorecem a biodiversidade.