Se o metrô da capital paulista deixasse de funcionar por um ano, a concentração de poluentes no ar aumentaria 75%, aponta pesquisa da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Para fazer o cálculo, os pesquisadores compararam o nível de poluição atmosférica em dias normais com dias de greve dos metroviários.
O estudo mostra ainda que as mortes em decorrência de problemas cardiorrespiratórios aumentariam entre 9% e 14%, o que representaria um custo de US$ 18 bilhões à saúde pública do município.
"A hipótese que a gente tinha é que, com o metrô parado, [haveria] mais carros nas ruas, mais ônibus, mas a gente não tinha realmente dimensão dessa magnitude", disse à Agência Brasil Simone Miraglia, coordenadora do estudo e membro do Inaira (Instituto Nacional de Análise Integrada do Risco Ambiental).
Segundo dados do instituto, 90% da poluição do ar em São Paulo são gerados por carros, motos e caminhões.
O transporte público corresponde a 55% dos deslocamentos na cidade, enquanto o transporte individual é responsável por 45%.