Por José Luiz Tejon Megido, Conselheiro Fiscal do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS), Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM, Comentarista da Rádio Jovem Pan.
Rastreabilidade significa o futuro do agronegócio e isso está conectado diretamente com segurança alimentar. Todos os anos 76 milhões de americanos são contaminados por alimentos, ou seja, um nível de 26 mil pessoas por 100 mil habitantes. Já na França, muitíssimo menos, 1200 pessoas por 100 mil habitantes.
E o que isso quer dizer? Engajamento com segurança alimentar. O alimento brasileiro é seguro? O alimento brasileiro e saudável?
Além de abastecer o mercado interno somos também exportadores e dificilmente estaríamos exportando para os mais exigentes mercados do mundo se o alimento brasileiro não fosse seguro. Mas em qual dimensão somos seguros? Os dados dos Estados Unidos impressionam e geram um custo social naquele país de cerca de 35 bilhões de dólares por ano de custo social.
A adoção da rastreabilidade dos alimentos desde suas sementes até o consumidor final significa não só proteger consumidores, mas também educar e preparar produtores rurais para o futuro, de cada vez de maior exigência e precisão nos detalhes.
E, não apenas produtores rurais, mas todos os agentes envolvidos numa cadeia produtiva. É como se a agroindústria representasse uma montadora, e a fazenda, o campo, a granja significassem uma agromontadora de sustentabilidade intensiva, reunindo ciência, tecnologia e conhecimentos integrados como num grande lego auxiliado pelas tecnologias da informação.
A rastreabilidade veio para ficar e expandir, programas como o Rama, rastreabilidade e monitoramento de alimentos da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), de diversos selos e certificações, compõem agora o cenário do que também passará a ser chamado de comércio justo e de capitalismo consciente.
Ciência e tecnologia agora são o novo pão nosso de cada dia: comemos e bebemos conhecimentos científico e isso vale para o agro clássico ou para orgânicos, biodinâmicos. Tudo será rastreado e da mesma forma, ciência e tecnologia representam o conhecimento que faz a produtora e o produtor rural evoluírem todo santo dia.
Coisa de boa fé, coisa de tecnologia, coisa de ética nos negócios e na vida!
Sobre o CCAS
O Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) é uma organização da Sociedade Civil, criada em 15 de abril de 2011, com domicilio, sede e foro no município de São Paulo-SP, com o objetivo precípuo de discutir temas relacionados à sustentabilidade da agricultura e se posicionar, de maneira clara, sobre o assunto.
O CCAS é uma entidade privada, de natureza associativa, sem fins econômicos, pautando suas ações na imparcialidade, ética e transparência, sempre valorizando o conhecimento científico.
Os associados do CCAS são profissionais de diferentes formações e áreas de atuação, tanto na área pública quanto privada, que comungam o objetivo comum de pugnar pela sustentabilidade da agricultura brasileira. São profissionais que se destacam por suas atividades técnico-científicas e que se dispõem a apresentar fatos concretos, lastreados em verdades científicas, para comprovar a sustentabilidade das atividades agrícolas.
A agricultura, apesar da sua importância fundamental para o país e para cada cidadão, tem sua reputação e imagem em construção, alternando percepções positivas e negativas, não condizentes com a realidade. É preciso que professores, pesquisadores e especialistas no tema apresentem e discutam suas teses, estudos e opiniões, para melhor informação da sociedade. É importante que todo o conhecimento acumulado nas Universidades e Instituições de Pesquisa seja colocado à disposição da população, para que a realidade da agricultura, em especial seu caráter de sustentabilidade, transpareça. Mais informações no website: http://agriculturasustentavel.org.br/. Acompanhe também o CCAS no Facebook: http://www.facebook.com/agriculturasustentavel