Na semana passada tivemos o Congresso Brasileiro de Marketing Rural e Agronegócio, em São Paulo. Estivemos lá e apresentamos a necessidade que o setor do agronegócio tem em se comunicar e
aumentar consideravelmente sua comunicação e seu diálogo com a sociedade urbana, quer dizer, como os ouvintes da Rede Jovem Pan
de rádio onde eu comento A Hora do Agronegócio e a Agrossociedade, por exemplo.
O segmento dos negócios originados a partir do campo, significa no país cerca de 25% do Produto Interno Bruto, e a única razão pelo qual não entramos na bancarrota econômica. O setor exporta, é superavitário, gera empregos e irriga todo interior do Brasil.
Muito bem, o agronegócio vive da ciência e da tecnologia. Se eliminássemos o conhecimento científico das atividades do agronegócio, voltaríamos a época das trevas, e a fome varreria o mundo. E então, por que o setor precisa falar e dialogar cada vez mais conosco, com você ouvinte? Porque não conhecemos a ciência em profundidade, e estamos inundados de preconceitos contra fertilizantes, defensivos, sementes, engenharia genética, inteligência artificial, medicamentos… e ainda achamos que a escala de produção não seria compatível com a sustentabilidade.
E, sim, o futuro do agronegócio será a sustentabilidade intensiva. O que significa ciência em conhecimento aprofundado e, através desse conhecimento, produzir em escala com proteção ao meio ambiente, ao ser humano, e preservação da lei da natureza, incluindo o impacto ambiental, onde agora somos obrigados a liberar a caça ao javali, por ter se tornado uma praga destruidora.
O setor precisa destinar foco e recursos orçamentários para ativar a comunicação educadora da ciência para a sociedade urbana. Afinal, o cliente maior do agronegócio são os consumidores finais. E isso exige um pensar estratégico muito mais amplo com a sociedade urbana, do que temos realizado até agora. Quem não se comunica, se trumbica, já dizia Chacrinha, o velho guerreiro.