Sistemas de produção com Integração Lavoura-Pecuária, ou mesmo Integração Lavoura-Pecuária-Floresta representam a evolução mais recente da agricultura. Embora muitos aspectos estejam ainda para serem descobertos, aprendidos e entendidos para a melhoria do sistema, muito já se fez. Nos primeiros tempos se utilizava como forrageira, principal produtora de palhas, quase unicamente espécies de braquiárias. Atualmente se encontra uma variedade maior de espécies cultivadas, o que é positivo, já que trabalhar com apenas uma espécie acarreta maiores riscos a todo o sistema, tornando-o mais vulnerável.
Embora a utilização de maior número de espécies se constitua numa evolução do sistema de produção em relação ao uso exclusivo da braquiária, com a diversificação - em geral - há necessidade de melhor qualidade de gerenciamento que os sistemas mais simples. Algumas vezes, a não adoção de algumas técnicas ou espécies em rotação se deve mais à deficiência de gerenciamento e/ou máquinas do que ao clima, por exemplo. Um problema adicional é a instabilidade dos mercados e a falta de gerenciamento da comercialização. Desta forma, ou o agricultor se prende ao seu sistema de rotação, saindo do ótimo econômico, ou obedece ao mercado, saindo do ótimo gerenciamento do sistema. A falta de pessoas capacitadas para um bom gerenciamento do sistema tem sido um dos entraves ao seu desenvolvimento. Aliás, a falta de gente qualificada tem sido um obstáculo ao crescimento de diversas áreas de atividade no Brasil. Há necessidade de se convencer as universidades brasileiras, principalmente aquelas com vocação agrícola, a envolver mais gente e mais recursos na formação de pessoal qualificado no desenvolvimento e gerenciamento de sistemas de produção agrícola.
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