A sustentabilidade é fator essencial no sucesso de qualquer empreendimento, inclusive no agro. Como outras atividades profissionais, o lucro é necessário para que se tenha vida longa. Necessário, mas não suficiente. Aspectos ambientais são, reconhecidamente, fundamentais.
A sustentabilidade social acaba de se expressar na criação do Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social, que foi regulamentado em solenidade realizada em 24 de janeiro (ontem), no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.
Os pequenos agricultores são os responsáveis por 70% da produção de alimentos no Brasil. São milhões de agricultores que sabem produzir, mas tem dificuldades em comercializar a produção e auferir lucros. A iniciativa do Governo do Estado de São Paulo de facilitar a aquisição de alimentos produzidos pelos pequenos agricultores, para atender a demanda de instituições públicas, é um marco.
Hospitais, escolas, presídios, etc. têm que comprar alimentos diariamente, seguindo a legislação. Através da Lei 14.591/20011 é possível comprar dos pequenos produtores sem licitação. Isto é uma garantia de mercado. Todo agricultor, inclusive os pequenos, sabem que a primeira etapa para definirem o que vão plantar, é saber se há procura pelo produto. Agora, sabendo que tem um mercado seguro, podem planejar a produção.
Certamente será necessário aprimorar a assistência técnica. O produtor tem que se responsabilizar em entregar para seus consumidores de acordo com a necessidade. Isto exige tecnologia e capacitação. Agora, a assistência técnica tem que melhorar.